sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Bathory

Aqui vai a primeira contribuição, o poema "Bathory", que escrevi durante as férias; narra a história da lendária ( e temida) Elizabeth Bathory, Condessa de Ecssex:


Bathory 

Por entre as névoas ergue-se o castelo
Antiga e nobre casa de Bathory
Poderá haver algo tão maligno mas tão belo
Elizabeth penteia o cabelo
Nunca o seu rosto verei o vi
Mas a sua tragédia ecoa como se lá vivi

Nobre condessa, de esmerada educação
Poderias algum dia suspeitar ou saber
Que por trás dessa bela tradição
Algo de sinistro se esconderia por trás da canção
O tempo tornou-se obsessão, sempre a correr
E haveria maneira de nunca envelhecer?

Poderia ser esta cara de porcelana pura
Que mais de seiscentos botões de rosa cortou
Seria como dizem, uma mulher dura
Ou talvez o abandono tenha sido tortura
Regeneraria no escarlate que derramou?
Ou quando a sombra ao fundo gritou:

- Porquê, tens tudo, e tudo a perder!
O que fizeste, eles vão descobrir!
- Porque desde que me dê prazer,
E ainda possa o tempo desaparecer,
Vale a pena arriscar e iludir
E  a mim nada nem ninguém pode diminuir!

Mas ao longo dos anos tornou-se descuidada
E, sabendo o que procurar
A prova foi finalmente encontrada
E sobre oitenta fantasmas a acusação lançada
Demasiado orgulhosa para escapar
E à poderosa condessa ninguém podia tocar

Enquanto três estacas ardiam
Elizabeth ergue-se no centro da tempestade
Quantos anos de drama passariam?
Derrotada, esquecida, mas ainda a temiam!
Com o tempo vencido e satisfeita a vaidade
O seu nome e a sua lenda ficariam para a eternidade!

 

Introdução

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